menino_praia_ptNo relatório anual sobre a qualidade das águas balneares na Europa foi revelado que 95% das zonas controladas na UE cumpriram os requisitos mínimos para a qualidade da água. Em Portugal entre as 532 águas balneares analisadas, 451 foram consideradas excelentes.

Antes da época balnear, a Comissão Europeia, em colaboração com a Agência Europeia do Ambiente (AEA), publica anualmente um relatório da qualidade das águas balneares na Europa.
O presente Relatório abrange informações sobre mais de 21 000 águas balneares nos 28 Estados-Membros da UE e ainda na Albânia e na Suíça.

As autoridades locais recolhem amostras de água em zonas balneares ao longo da época balnear, que são posteriormente analisadas em relação a dois tipos de bactéria indicando a presença de poluição proveniente das águas residuais ou do gado. Dependendo dos níveis das bactérias detetados, a qualidade das águas balneares é classificada como «excelente», «boa», «suficiente» ou «medíocre».

A AEA elabora um relatório anual com base nos dados relativos à época balnear precedente.

Conclusões sobre as águas balneares em 2014

Mais de 95 % das zonas balneares satisfizeram os requisitos mínimos, tendo 83% alcançado o nível mais exigente de «excelente». Apenas 409 zonas balneares (menos de 2 % do total), tiveram a sua água avaliada como medíocre.
Os países com um número mais elevado de zonas balneares com água de qualidade medíocre foram Itália (107 zonas balneares, 2%), França (105 zonas balneares, 3%) e Espanha (67 zonas balneares, 3%).
Em geral, as praias costeiras tiveram uma pontuação elevada, tendo cerca de 97% dessas zonas balneares na UE cumprido os requisitos mínimos e mais de 85% sido classificadas como «excelentes». Todas as águas costeiras da Eslovénia, Malta e Chipre foram classificadas como sendo de excelente qualidade.
Em comparação, 91% das águas balneares interiores (lagos e rios) cumpriam os requisitos mínimos, e mais de 78% eram de excelente qualidade. No Luxemburgo e na Bulgária, todas as zonas balneares interiores foram classificadas como excelentes, seguidos da Dinamarca, onde 95% das águas balneares em lagos eram de excelente qualidade. A Alemanha alcançou essa classificação em 92% de quase 2 000 zonas balneares interiores.
Em Portugal entre as 532 águas balneares analisadas, a qualidade foi considerada excelente em 451, boa em 59, suficiente em 16 e medíocre em 6.

Estes valores são resultado de ações específicas da UE com vista a melhorar a vida quotidiana dos cidadãos e demonstram uma grande evolução face ao período anterior à década de 90, em que apenas cerca de 70% dos locais de águas balneares preenchia o mínimo dessas normas.

A maioria das águas residuais urbanas está também agora a ser alvo de tratamento adequado, daí resultando menos nitratos a poluir atualmente os nossos mares e rios mais limpos.

Este avanço é igualmente reconfortante para a economia, uma vez que o valor socioeconómico de águas balneares limpas é muito elevado e contribui para proteger inúmeros postos de trabalho em todo o continente.

Outras boas notícias surgem no horizonte, uma vez que a ação da UE para reduzir o número de sacos de plásticos descartáveis e que acabam demasiadas vezes nos nossos mares já foi aprovada pelos Estados-Membros.

Para mais informações:

http://ec.europa.eu/portugal/comissao/destaques/20150527_aguas_balneares_qualidade_pt.htm