2 de Outubro de 2020 | 0 Comentários
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Alocução de abertura da presidente Ursula von der Leyen na conferência de imprensa conjunta com o presidente Charles Michel, após a reunião extraordinária do Conselho Europeu de 1 de outubro de 2020.
«Boa noite a todos.
Queria centrar-me no debate que realizámos na parte principal deste fim de dia sobre a nossa relação com a Turquia. No que se refere à Turquia, reafirmamos firmemente a solidariedade com a Grécia e com Chipre. E é muito claro que ninguém vai poder cavar um fosso entre nós. As tensões no Mediterrâneo têm sido muito grandes devido às atividades de perfuração da Turquia na Zona Económica Exclusiva cipriota e às atividades exploratórias em águas gregas. É positivo que haja agora um diálogo fiável entre a Turquia e a Grécia, que já teve início. No entanto, lamentamos que Ancara não tenha feito qualquer gesto construtivo semelhante em relação a Chipre. Estamos convictos de que as diferenças devem ser resolvidas através de um diálogo pacífico e em conformidade com o direito internacional. Queremos uma relação positiva e construtiva com a Turquia, o que também seria muito do interesse de Ancara, mas só funcionará se as provocações e a pressão cessarem.
Esperamos, assim, que a Turquia se abstenha de tomar medidas unilaterais a partir de agora. Em caso de novas ações de Ancara, a UE utilizará todos os instrumentos e opções que tem à sua disposição. Temos um conjunto de ferramentas que podemos aplicar imediatamente, mas não é isso que queremos fazer. Queremos e preferiríamos trabalhar numa nova relação de longo prazo entre a UE e a Turquia: uma agenda positiva que incluiria a modernização da nossa união aduaneira — que aumentará o comércio — e uma cooperação mais forte em matéria de migração com base na Declaração UE-Turquia de 2016.
Consideramos que, face ao impacto devastador da COVID-19, é nossa firme convicção que seria aconselhável cooperar e construir uma relação forte.
Em relação à Bielorrússia: estou muito satisfeita por haver agora um caminho a seguir em matéria de sanções. Não haverá impunidade para os responsáveis pela repressão dos manifestantes e dos políticos da oposição.
E acerca da Arménia e do Azerbaijão, não posso deixar de reiterar que é necessário um desanuviamento urgente das tensões e que não pode haver uma solução militar para as interferências externas.
Muito obrigada.»
Para mais informações:
https://ec.europa.eu/portugal/news/special-european-council-meeting-1october2020_pt