13 de Março de 2013 | 0 Comentários
Categorias: Boletim Informativo
Tags: BI Nº1 28/02/13
Segundo um estudo publicado a 13 de março pela Comissão Europeia, a crise económica deverá ter um impacto importante no mercado dos estupefacientes, por exemplo através do aumento da procura de drogas ilícitas. Este estudo revela que, para ganhar dinheiro, cada vez mais jovens se dedicam à venda ou mesmo ao cultivo de droga – especialmente o cultivo doméstico de canábis. Mas a crise económica deverá igualmente provocar uma redução dos fundos consagrados à política de luta contra a droga, em especial no que respeita aos tratamentos e às medidas de redução dos efeitos nocivos.
Para a Vice-Presidente Viviane Reding, Comissária da UE responsável pela Justiça «O estudo de hoje é um alerta para a Europa: para reduzir a oferta de droga e lutar contra o tráfico ilícito, temos de reduzir o número de toxicodependentes, não só através da prevenção, mas também através de tratamento» «A oferta acompanha a procura, e com um número cada vez maior de toxicodependentes, o mercado das drogas ilícitas está a crescer. É por este motivo que, até ao final do ano, pretendo propor legislação mais severa sobre as novas substâncias psicoativas e o tráfico ilícito de drogas. Temos de atuar a nível da UE e proteger os nossos filhos.»
Segundo o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), as novas drogas psicoativas são um problema cada vez mais sério. Em 2011, foram notificadas oficialmente pela primeira vez através do sistema de alerta rápido da UE 49 novas substâncias psicoativas. Este valor representa o maior número de substâncias comunicadas num só ano, tendo sido comunicadas 41 substâncias em 2010 e 24 em 2009. E os dados preliminares relativos a 2012 não revelam uma diminuição, tendo já sido detetadas mais de 50 substâncias.
Embora o consumo de «drogas tradicionais», como a cocaína, a heroína ou o «ecstasy», tenha, de um modo geral, estabilizado, o mercado das drogas ilícitas está a ser abastecido por novas drogas, pois os traficantes tiram partido das substâncias químicas ainda não regulamentadas a nível internacional. O acesso a estas drogas está em expansão na Internet e propagaram-se rapidamente em muitos Estados-Membros, que enfrentam grandes dificuldades para impedir a sua venda.
Outras drogas novas estão a entrar no mercado. Nos últimos dois anos, verificou-se que todas as semanas surgia uma nova substância. Isoladamente, os Estados-Membros não conseguem impedir a propagação das drogas: as medidas de repressão a nível nacional podem simplesmente levar os infratores a deslocar a produção de drogas para países vizinhos ou a alterar as rotas do tráfico
Para mais informações:
http://ec.europa.eu/portugal/imprensa/comunicados_imprensa/index_pt.htm