premio-jornalismo-fernando-sousa-4edicao copyA Representação da Comissão Europeia em Portugal anunciou hoje os vencedores da quarta edição do Prémio de Jornalismo Fernando de Sousa.

O anúncio foi feito no decorrer de um evento em formato digital, em colaboração com a TVI, e pode ser revisto no Facebook (link is external) e no Twitter (link is external).

Os vencedores são:

Categoria Estudante  – Mariana Teófilo da Cruz, da Universidade Nova de Lisboa, com a reportagem «Cinco escolhidos, cinco esquecidos (link is external)», sob a coordenação do professor de Pedro Coelho e publicada no REC – Repórteres em construção

Categoria Regional – o prémio foi atribuído ex aequo a Cristiana Alves, com o trabalho  «Jovens voluntários além-fronteiras», no Diário de Leiria, e à equipa composta por Filipe Ribeiro e Daniela Parente, pelo trabalho «Voluntários trocam grandes centros urbanos pela preservação do ambiente em Vila Pouca de Aguiar»,  publicado no Notícias de Aguiar

Categoria Nacional –  Duarte Baltazar e João Junça pela reportagem «Linha da Frente: o despertar da ilha» (link is external), transmitida pela RTP

Este momento de celebração do jornalismo dedicado aos temas europeus será complementado por um debate sobre os desafios e as tendências do jornalismo em tempos de pandemia, que será transmitido na TVI24 no dia 19 de dezembro às 14h45, logo após os Jornal da Uma. No debate participarão, além dos vencedores do prémio, a Comissária europeia Elisa Ferreira e os diretores de vários meios de comunicação social portugueses.

Organizado pela Representação da Comissão Europeia em Portugal, o Prémio de Jornalismo Fernando de Sousa terá continuidade numa quinta edição a realizar em 2021. Toda a informação será oportunamente disponibilizada no sítio web da Comissão Europeia em Portugal.

Vencedores da quarta edição do Prémio de Jornalismo «Fernando de Sousa»

Categoria «Estudante»:

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«Cinco escolhidos, cinco esquecidos»

Autoria: Mariana Teófilo da Cruz (Universidade Nova de Lisboa) / REC-Repórteres em Construção
Sinopse: Ainda não tinham 18 anos quando chegaram à Europa. Fugiram da guerra do Afeganistão, da escravatura e do trabalho infantil. Vinham à procura de um recomeço, como todos os refugiados que são obrigados a abandonar os seus países. Portugal abriu a porta a cinco dos 3500 menores não acompanhados que se estima que vivam em Atenas (dados de 2019). Quis recebê-los e dar-lhes a oportunidade de recomeçar. De outra forma nunca conseguiriam viver o sonho europeu. Mas dar a mão não é suficiente. Retrata, em parte, uma das maiores crises que a União Europeia atravessa. Mas também expõe as falhas que existiram no processo, que levam à reflexão de qual o papel das sociedades, governos e instituições.

Parecer do júri de seleção: Embora seja de sublinhar que todos os trabalhos finalistas na categoria Estudante são muito interessantes e até com uma qualidade técnica superior ao que seria de esperar de autores em formação, a peça vencedora destaca-se pela seriedade da investigação e pela forma como está escrita, muito bem documentada e contacta e identifica corretamente a diversidade de fontes. Dedica-se a uma história de enorme atualidade, muito europeia e com impacto que deveria ter sido contada por jornalistas profissionais e não foi contada de maneira muito construtiva, fazendo uso de diferentes formatos e plataformas. Louvam ainda o visível trabalho do professor-coordenador.

 

Categoria «Regional» – em  ex aequo:

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«Jovens voluntários além-fronteiras»

Autoria: Cristiana Alves / Diário de Leiria
Sinopse: Maria Pereira, Hugo Lopes, João Oliveira e Ana Jorge são exemplos de jovens que, movidos pela vontade de fazer mais e melhor pelos outros, têm embarcado na aventura de prestar voluntariado além-fronteiras. Naturais do distrito de Leiria, os quatro jovens fizeram já voluntariado em países como Islândia e Itália, onde prestaram apoio em tarefas relacionadas com a sustentabilidade ambiental e a área social. O que levou estes jovens a fazer voluntariado além-fronteiras? Quais as suas grandes motivações e o que retiraram de cada experiência vivida? Estas foram algumas das questões às quais a reportagem procurou responder, através dos testemunhos de quem teve a oportunidade de levar apoio a outros países, graças ao Serviço Voluntário Europeu, uma iniciativa para a juventude da Comissão Europeia.

E

vencedor-categoria-regional2 copy«Voluntários trocam grandes centros urbanos pela preservação do ambiente em Vila Pouca de Aguiar»

Autoria: Filipe Ribeiro e Daniela Parente / Notícias de Aguiar
Sinopse: Anna Garre, Giacomo Sabattini e Luca Lévay são três voluntários do projeto Life Volunteer Escapes que trocaram os centros urbanos das capitais europeias pela tranquilidade da Serra do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, em nome da defesa do ambiente. O artigo enaltece o multiculturalismo que, neste caso, traz uma nova vida ao dia-a-dia da população de uma pequena aldeia situada na Serra do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, e retrata a experiência cultural e geracional de três jovens voluntários estrangeiros.

Parecer do júri de seleção: Na categoria regional, os jurados destacam as histórias humanas e a incrível proliferação de vozes locais que contam histórias tão europeias como locais. Destacam os vencedores pela forma como o ângulo europeu é explicito em histórias de “rosto humano” e pela qualidade da escrita. Destacam-se pela forma como contam tanto da UE através de histórias reais e de âmbito local, com uma linguagem simples, mas de qualidade, e pela inspiração que transmitem. Contam o impacto das oportunidades europeias através de exemplos concretos, e inspirarem à participação.

Na categoria regional, e sendo clara a proximidade da avaliação entre duas peças, o júri propôs e votou unanimemente a favor de entregar o prémio ex aequo entre as peças 7 e 16. Esta decisão é considerada possível pelo regulamento desta edição, tal como é descrito no Artigo 10º – Atribuição do prémio.

 

Categoria «Nacional»:

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«Linha da frente: O despertar da ilha»

Autoria: Duarte Baltazar e João Junça / RTP
Sinopse: Em 1987, os habitantes da ilha da Culatra, no Algarve, associam-se para reivindicar melhores condições de vida junto dos poderes públicos, numa jornada de protesto que culmina, em 2019, com a obtenção de licenças para viver e trabalhar na Ria Formosa. A Culatra é então uma das seis comunidades insulares selecionada pelo Secretariado para a Energia Limpa nas Ilhas da UE, apoiado pela Comissão Europeia, para se transformar em comunidade-piloto de energias renováveis até 2030, levando os pescadores a unir esforços com a Universidade do Algarve e outras entidades, a fim de tirar proveito do sol e do vento, combater o uso de plástico e zelar pela conservação de espécies e habitats ameaçados. Numa área protegida marcada por conflitos e desafios ambientais, a RTP acompanhou o nascimento desta cooperação inédita em Portugal, promovida pela União Europeia.

Parecer do júri de seleção: Na categoria nacional, todas as candidaturas apresentam grande qualidade. A peça vencedora destaca-se pela excelente forma como está escrita e pela ligação, explícita e genuína, a um tema europeu por várias frentes, sem ser institucional ou fatigante. Consegue tornar interessante a dimensão local tornando assim, também, a UE interessante para o público uma vez que este se consegue identificar. É um tema original e dá voz a uma comunidade, e isso é cada vez menos visível no jornalismo. A reportagem está muito bem construída, muito completa, e de forma humana, debruça-se num problema muitíssimo importante e prioridade europeia -a sustentabilidade-, traduzindo-a na vida real. Mostra como a sustentabilidade ambiental pode andar de mãos dadas com – e até ser crucial para – o desenvolvimento económico e social. Toca de forma original numa prioridade europeia – a sustentabilidade – e é um exemplo de como a UE impacta a vida de a um nível local. Dá voz a uma história, à causa daquela comunidade, de uma forma completa, comovente, ritmada e com qualidade.

Contexto:

No âmbito do respeito pela liberdade e pelo pluralismo da comunicação social, a Representação da Comissão Europeia em Portugal lançou o Prémio de Jornalismo «Fernando de Sousa» que foi atribuído pela primeira vez a 9 de maio de 2017, Dia da Europa.

Este Prémio é atribuído a jornalistas e a estudantes cujos trabalhos tenham contribuído de forma notável para evidenciar e clarificar questões importantes a nível europeu ou que tenham promovido um melhor conhecimento das instituições ou políticas da União Europeia em Portugal. Serve ainda para homenagear o jornalista Fernando de Sousa (1949-2014), protagonista de uma longa e marcante carreira dedicada aos assuntos europeus.  As novidades relativas ao Prémio podem ser acompanhadas no site e redes sociais da Representação da Comissão em Portugal, com o marcador #PrémioFernandodeSousa

Nesta edição do Prémio de Jornalismo «Fernando de Sousa» foi apresentada uma quantidade recorde de 93 candidaturas de jornalistas e estudantes de todo o país – 31 na categoria «Estudante», 16 na categoria «Regional» e 46 na categoria «Nacional» -, o que reforça a pertinência desta iniciativa. Destas, foram nomeadas 18 peças finalistas (mais informações no comunicado de imprensa)

A apresentação de candidaturas para esta quarta edição decorreu entre 30 de junho e 30 de julho de 2020 para trabalhos publicados ou difundidos entre 1 de janeiro de 2019 e 30 de julho de 2020, desenvolvidos nas áreas de imprensa escrita, rádio, televisão e Internet em três categorias: 

– Categoria «Estudante»: um prémio atribuído a um trabalho produzido por um estudante do ensino superior de jornalismo ou de comunicação, ou por uma equipa de estudantes do ensino superior de jornalismo ou de comunicação.

– Categoria «Jornalista – Media Regional»: um prémio atribuído a um trabalho produzido por um jornalista detentor de carteira profissional, ou por uma equipa da qual conste um jornalista detentor de carteira profissional, e que seja publicado/difundido num meio ou órgão de comunicação social de âmbito regional ou local.

– Categoria «Jornalista – Media Nacional»: um prémio atribuído a um trabalho produzido por um jornalista detentor de carteira profissional, ou por uma equipa da qual conste um jornalista detentor de carteira profissional, e que seja publicado/difundido num meio ou órgão de comunicação social de âmbito nacional.

Os trabalhos são avaliados tendo em conta os seguintes critérios, com igual peso na ponderação final:

  • atualidade e pertinência do trabalho jornalístico;
  • contribuição para a informação do público sobre políticas europeias, sendo explícito na peça o ângulo europeu;
  • clareza e relevância da mensagem transmitida e qualidade do trabalho jornalístico;
  • criatividade na escolha do tema e abordagem.

Prémios:

  • Categoria «Estudante»: um prémio pecuniário de 3 000 (três mil) euros
  • Categoria «Jornalista – Media Regional»: um prémio pecuniário de 5 000 (cinco mil) euros;
  • Categoria «Jornalista – Media Nacional»: um prémio pecuniário de 5 000 (cinco mil) euros;

Composição dos júris:

Júri de Pré-seleção

  • Um membro do Gabinete do membro do Colégio de Comissários de nacionalidade portuguesa: Isabel Arriaga e Cunha
  • Dois elementos da Representação da Comissão Europeia em Portugal: Maria José Rosa Mendes e João Faria

Júri de Seleção:

  • Presidente: Representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Colares Alves
  • Um membro do Serviço de Porta-vozes da Comissão Europeia: Daniel do Rosário
  • Três representantes da classe:
    • Sindicato dos Jornalistas: Sofia Branco
    • Casa da Imprensa: Goulart Machado
    • Clube de jornalistas: Rui Cardoso

Para mais informações:

https://ec.europa.eu/portugal/news/fernando-sousa-prize-journalism-winners-2020-edition_pt