p031261000402-418261O Conselho Europeu de Investigação anunciou hoje os nomes dos 269 vencedores do concurso de Bolsas Avançadas de 2017, onde constam três investigadores de nacionalidade portuguesa. 

Estes cientistas de excelência, que elaboraram trabalhos de investigação relevantes nos últimos 10 anos, foram contemplados com um total de 653 milhões de euros, dos quais perto de 8,5 milhões para portugueses, no âmbito do Programa de Investigação e Inovação da União Europeia, o Horizonte 2020.

O Comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, afirmou:«É com grande entusiasmo que tenho visto os mais recentes resultados dos investigadores portugueses nas bolsas do Conselho Europeu de Investigação. Estes três investigadores agora premiados comprovam, mais uma vez, o trabalho de qualidade que os cientistas portugueses fazem, tanto no seu país como no estrangeiro. Estas Bolsas Avançadas têm apoiado investigadores de excelência desde 2007. São um grande exemplo de como o financiamento europeu pode ajudar a expandir as fronteiras da ciência e do conhecimento, dando as ferramentas e os recursos necessários para que se continue a produzir investigação inovadora e de alto risco, garante da competitividade europeia a nível global».

Os projetos aprovados de investigadores portugueses foram os seguintes:

  • DIGISMART, uma plataforma multifuncional de materiais digitais para aplicações inteligentes integradas, por Elvira Fortunato, da NOVA.ID.FCT;
  • MACI, módulos, ciclos algébricos e invariáveis, por Rahul Pandharipande, do ETH Zurich;
  • DCPOIESIS, uma solução em estado estacionário e orientada para a produção de células dendríticas, por Caetano Reis e Sousa, do Francis Crick Institute.

Estas bolsas premeiam investigação de excelência em todas as áreas científicas e os concursos estão abertos a investigadores de qualquer nacionalidade. Nesta ronda, os países com mais investigadores premiados foram o Reino Unido (50), a Alemanha (40), França (29) e Espanha (18).

Para além de permitirem que investigadores de topo concretizem as suas melhores ideias, estas bolsas levam também à criação de emprego para aproximadamente 2 000 pós-doutorados, estudantes de doutoramento e outros membros das equipas de investigação dos bolseiros.

A procura pelas bolsas do Conselho Europeu de Inovação continua a ser muito alta: desta vez, 2 167 propostas foram a concurso, das quais 12 % foram selecionadas para financiamento. De assinalar que 17 % dos premiados foram mulheres.

Contexto

As Bolsas Avançadas do Conselho Europeu de Inovação dirigem-se a investigadores de qualquer idade que sejam cientificamente independentes e tenham um historial de pesquisa recente de alto nível, um perfil que os identifique como líderes nos seus campos de trabalho.

A abordagem é simples: um(a) investigador(a) com a sua equipa, uma instituição científica, um projeto, um critério de seleção: a excelência da pesquisa.

A instituição que aloja a pesquisa deve ter por base a Área de Investigação Europeia. Esta pode ser tanto a instituição onde o investigador já trabalha, como uma outra. A instituição pode ser mudada durante a realização do projeto, se o cientista assim o desejar.

O financiamento é de até 2,5 milhões de euros por bolsa (podendo ir até aos 3,5 milhões de euros em casos excecionais, se a investigação requerer a compra de grandes quantidades de equipamento ou a mobilidade para outro continente, por exemplo).