UnknownDa conectividade e competências digitais aos serviços públicos, os países da UE registaram progressos desde o ano passado, em que se assistiu ao lançamento da Estratégia para o Mercado Único Digital pela Comissão Europeia.

A Comissão Europeia publicou no dia 25 de fevereiro os resultados da edição de 2016 do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES). As conclusões mostram que, desde a publicação da Estratégia para o Mercado Único Digital no ano passado, os Estados‑Membros fizeram progressos em domínios como a conectividade e as competências digitais, bem como nos serviços públicos.

Embora apontando para melhorias, os resultados hoje revelados indicam igualmente que o ritmo está a abrandar. São necessárias medidas, tanto a nível nacional como da UE, para eliminar os obstáculos que impedem os países da UE de beneficiar plenamente das oportunidades proporcionadas pelas tecnologias digitais.

Segundo o Vice-Presidente responsável pelo Mercado Único Digital, Andrus Ansip,: «Cada vez mais pessoas, empresas e serviços públicos estão a passar ao digital. Mas um número demasiado elevado ainda se depara com problemas, como a falta de cobertura de Internet de alta velocidade ou de uma administração em linha transfronteiras, e tem dificuldades com compras e vendas além-fronteiras. É necessário resolver estes problemas. É isso que a nossa Estratégia para o Mercado Único Digital se propõe fazer. As primeiras propostas no âmbito da estratégia irão impulsionar o comércio eletrónico e a conectividade. Todas as nossas propostas serão apresentadas este ano. Aconselho os países da UE a não perderem tempo para as apoiar. Estas propostas ajudá-los-ão a melhorar o seu desempenho digital e as suas economias».

Também o Comissário da Economia e Sociedade Digitais, Günther Oettinger, declarou: «A UE está a progredir mas não à velocidade desejável. Não podemos cruzar os braços. São necessárias medidas para recuperar o atraso que nos separa do Japão, dos EUA e da Coreia do Sul. Com base no índice de hoje, em maio, apresentaremos recomendações concretas para ajudar os países da UE a melhorar os seus desempenhos nacionais. Com estas recomendações e com o trabalho que estamos a desenvolver para criar um Mercado Único Digital, tenho a certeza de que tanto a UE no seu conjunto como os Estados-Membros irão melhorar muito o seu desempenho nos próximos anos». 

 Principais conclusões do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES)

  • A UE está a avançar, mas lentamente: A UE, no seu conjunto, atinge uma pontuação de 0,52 em 1, o que representa uma melhoria em relação ao ano passado, em que registou 0,5. Todos os países da UE, com exceção da Suécia, melhoraram a sua pontuação.
  • Dinamarca, os Países Baixos, a Suécia e a Finlândia continuam a ocupar os primeiros lugares na classificação IDES.
  • Os Países Baixos, a Estónia, a AlemanhaMalta, a Áustria e Portugal são os países que estão a evoluir mais rapidamente, destacando-se dos restantes. Para mais informações sobre o desempenho por país, consultar os perfis nacionais e esta ficha informativa.

A

  • São necessárias mais medidas para alcançar a liderança mundial: Pela primeira vez, a Comissão também comparou a UE com alguns dos países do mundo mais digitalizados (Japão, EUA e Coreia do Sul). Embora o relatório completo sobre um novo índice internacional sobre desempenhos digitais só fique pronto em meados de março de 2016, os resultados preliminares mostram que os países mais avançados da UE em termos de desempenho digital também estão entre os primeiros a nível mundial. No entanto, a UE no seu conjunto precisa de melhorar significativamente o seu desempenho para garantir uma posição de vanguarda na cena mundial. Para mais informações, consultar esta ficha informativa.
  • A conectividade melhorou mas não o suficiente a longo prazo: 71 % das famílias europeias têm acesso à banda larga de alta velocidade (pelo menos, 30 Mbps) comparadas com 62 % no ano passado. A UE está no bom caminho para ficar totalmente coberta até 2020. O número de assinantes de banda larga móvel está a aumentar rapidamente, tendo passado de 64 assinaturas por cada 100 europeus em 2014 para 75 atualmente. A UE tem de estar pronta para responder à procura futura e para disponibilizar a próxima geração de redes de comunicação (5G). É por esta razão que, até ao final do ano, a Comissão apresentará uma análise do quadro regulamentar da UE para as telecomunicações, com o objetivo de enfrentar os desafios tecnológicos e do mercado
  • É necessário melhorar as competências digitais: Embora o número de diplomados nas áreas das ciências, das tecnologias e da matemática tenha aumentado ligeiramente na UE, quase metade dos europeus (45 %) não possuem competências digitais básicas (saber utilizar uma caixa de correio eletrónico ou ferramentas de edição ou instalar novos dispositivos). A Comissão abordará a questão das competências e formação digitais no âmbito da futura Agenda para Novas Competências da UE ainda este ano.
  • O comércio eletrónico é uma oportunidade perdida para as empresas mais pequenas: 65 % dos internautas europeus fazem compras em linha, mas apenas 16 % das PME vendem em linha – e menos de metade destas fazem vendas transfronteiras em linha (7,5 %). Para resolver este problema, em dezembro, a Comissão apresentou propostas relativas aos contratos digitais (comunicado de imprensa) para proteger melhor os consumidores que fazem compras em linha e ajudar as empresas a expandir as suas vendas em linha. Além disso, em maio, a Comissão divulgará um pacote legislativo para impulsionar o comércio eletrónico, que incluirá medidas para abordar a questão do bloqueio geográfico injustificado, melhorar a transparência dos mercados transfronteiras de entrega de encomendas e aplicar melhor a legislação da UE em matéria de defesa do consumidor além-fronteiras.
  • Há mais serviços públicos em linha, mas são pouco utilizados:Os indicadores mostram que as administrações públicas oferecem uma vasta gama de serviços em linha (permitindo às pessoas utilizar a Internet para se informarem sobre uma mudança de residência, o nascimento de um filho e outros eventos importantes). No entanto, o número de internautas que interagem com a sua administração em linha não está a aumentar (32 %).

Para mais informações:
http://europa.eu/rapid/press-release_IP-16-384_pt.htm