25 de Março de 2014 | 0 Comentários
Categorias: Boletim Informativo
Tags: BI nº1 31/03/14
Aproximadamente um em cada dez europeus (11%) admite ter adquirido no ano anterior bens ou serviços que envolviam trabalho não declarado e 4% reconhecem ter auferido rendimentos de trabalho não declarados. Por outro lado, um em cada 30 (3%) recebeu «por fora» uma parte do respetivo salário.
São estes alguns dos resultados do inquérito Eurobarómetro que revela que o trabalho declarado continua a ser um problema disseminado na Europa, apesar da escala e da perceção do fenómeno variar em função do país.
O inquérito Eurobarómetro, realizado nos 28 países da UE, revelou que:
- 11% dos respondentes admitiram ter comprado bens ou serviços que envolviam trabalho não declarado no ano anterior e 4% reconheceram ter realizado atividades remuneradas sem as declarar;
- 60% indicam que os preços mais baixos constituem a principal razão para a aquisição de bens ou serviços não declarados e 22% referem estar a fazer favores a amigos;
- 50% mencionam as vantagens para ambas as partes como os principais motivos para trabalhar em base não declarada, 21% a dificuldade em encontrar um emprego regular, 16% a perceção do nível demasiado elevado dos impostos e 15% a ausência de outro rendimento. Os europeus do sul são os que mais referem a dificuldade em encontrar um emprego regular (41%) ou a ausência de outra fonte de rendimento (26%).
Em média, os europeus gastam anualmente 200 euros em bens ou serviços não declarados, enquanto o montante médio anual auferido pelos que trabalham sem declarar rendimentos ascende a 300 euros. Reparações e renovações em casa (29%), reparações automóveis (22%), serviços domésticos (15%) e alimentação (12%) são os bens e serviços não declarados com maior procura.
Os europeus trabalham de forma não declarada sobretudo em serviços de reparação e renovação de casas (19%), jardinagem (14%), limpeza (13%) e guarda de crianças (12%).
Os problemas que o inquérito identifica deverão se objeto de uma proposta a apresentar pela Comissão em abril, para lançar a Plataforma Europeia de prevenção e dissuasão do trabalho declarado, a fim de intensificar a cooperação entre os Estados-Membros na perspetiva de combater o problema com maior eficácia.
Para mais informações:
http://europa.eu/rapid/press-release_IP-14-298_pt.htm